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Caso Beatriz: segundo dia de audiência termina sem definir se acusado vai a júri popular



Com uma testemunha não localizada, Marcelo da Silva não se pronunciou. Nova audiência será realizada no dia 15 de dezembro.

Terminou nesta quarta-feira (23), no fórum de Petrolina, a audiência de instrução e julgamento de Marcelo da Silva, acusado de assassinar a menina Beatriz Angélica, em dezembro de 2015. Neste segundo dia, foram ouvidas oito testemunhas, sendo duas apresentadas pelo Ministério Público e seis pela defesa.


Outras duas testemunhas previstas não foram ouvidas. Uma delas foi dispensada e outra não foi localizada. Com isso, o advogado de defesa, Rafael Nunes, solicitou dispensa e Marcelo não se pronunciou.

A testemunha que não foi ouvida e o réu, devem ser escutados em nova audiência no dia 15 de dezembro. "O réu é o último momento. Ele só pode ser ouvido [por último], porque ele tem o direito de se defender. Então ele tem o direito de ouvir tudo que existe de prova testemunhal para depois se manifestar", explicou o Promotor de Justiça, Érico de Oliveira.


Apesar da audiência não ter definido se Marcelo da Silva será ou não levado a júri popular, Érico acredita que essa será a decisão final.


Confira o video a seguir:



"Não tenho dúvida nenhuma [que se encaminhe para o julgamento de Marcelo]. Em breve síntese, a produção de provas corroborou de forma clara, cabal, que tem elementos suficientes a demonstrar o que foi descrito na denúncia imputando a responsabilidade ao Marcelo. Se perguntarem para o Ministério Público, não há dúvida nenhuma da participação de Marcelo, da responsabilidade criminal dele, da forma que foi descrito na denúncia, onde ele agiu sozinho, ele entrou na escola e abordou a Beatriz e ao final assassinou a menina", destacou.


A defesa de Marcelo, considera satisfatório o resultado dos dois dias de audiência.


“O perito pontuou que o DNA encontrado na faca pode ter sido comprometido ou contaminado pela forma que foi acondicionado, pelo próprio envelope de papel. Testemunha extremamente importante faltou, com medo. Testemunha extremamente relevante, investigada que foi presa porque deletou imagens. Exerceu o direito constitucional de permanecer em silêncio. As testemunhas que foram ouvidas ontem afirmaram que só reconheceram Marcelo porque foi divulgada a imagem dele antes, um mês antes pela própria SDS, em um inquérito sigiloso, então a defesa está extremamente satisfeita com o que foi produzido hoje", ressaltou o advogado de Marcelo, Rafael Nunes.


A audiência começou na terça-feira (22). Seis testemunhas de acusação foram ouvidas, entre elas a mãe de Beatriz, Lúcia Mota.


O objetivo da audiência era definir se Marcelo da Silva será ou não levado a júri popular. Ele foi apontado pela polícia como autor do crime em janeiro deste ano e já estava preso respondendo por outros crimes. Na época, Marcelo confessou o assassinato. Poucos dias depois, o advogado de defesa, Rafael Nunes afirmou que o cliente escreveu uma carta dizendo ter sido pressionado a confessar o assassinato.



Entenda o caso


Beatriz Angélica foi morta em 10 de dezembro de 2015, quando estava na formatura da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, um dos mais tradicionais de Petrolina. Segundo investigações, a menina recebeu dez facadas.


Ela saiu do lado dos pais para beber água e desapareceu. Vídeos registraram o momento em que a menina saía da solenidade. O corpo de Beatriz foi achado dentro de um depósito de material esportivo da instituição, com uma faca do tipo peixeira cravada na região do abdômen. A menina também tinha ferimentos no tórax, membros superiores e inferiores.







Com informações de G1 Petrolina

Reportagem: G1 Petrolina

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