Em entrevista presidente da OAB falou sobre o objetivo do ato e afirmou que o TJ-PE tem sido insensível

Dr. Alexandre Torres, advogado e presidente da OAB Petrolina
Um grupo de advogados realizou um manifesto na manhã desta quarta-feira (26) em frente ao Fórum Manoel Souza Filho de Petrolina pelo acesso à Justiça, andamentos dos processos físicos e eletrônicos e contra a morosidade de alguns serviços prestados neste foro. O protesto foi organizado pela OAB Seccional Petrolina que representa os municípios de Afrânio, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa Vista.
O presidente da OAB, o advogado Alexandre Torres, falou sobre o objetivo do ato e afirmou que o Tribunal de Justiça de Pernambuco tem sido insensível. "Infelizmente quando se coloca dificuldades na atuação do profissional do direito é a sociedade que está sofrendo. Essa paralisação de serviços que esta acontecendo no Tribunal de Justiça desde o ano passado tem causando enorme prejuízo para todos e em nome desses prejuízos que estamos pleiteando algumas medidas. A OAB Estadual se reuniu por diversas vezes com o presidente do Tribunal, nós aqui tivemos várias reuniões com a diretoria do Fórum, e na segunda-feira passada recebemos o retorno desses pleitos que fizemos e percebemos que tudo depende do Tribunal", concluiu.
Entre as medidas para a celeridade nos serviços e processos parados há um ano e meio, Torres citou a implementação do balcão virtual que segundo ele está dependendo de scanners que não tem data prevista para vir para o interior. O presidente da OAB destacou que os servidores da justiça estando em trabalho remoto não tem acesso aos processos físicos e portanto não tem como atuar junto aos advogados.
"Estivemos na Câmara (de Vereadores de Petrolina) ontem (25) e agente citou exemplos como da idosa está com o processo físico parado precisando resolver uma questão de alimento, de uma indenização, de um seguro, de um inventário; a grávida, a mãe de família que está dependendo de alimento que está em fase de execução e todos eles estão parados", pontuou. A OAB-Petrolina solicitou à Casa Plínio Amorim uma proposição para encaminhar ao Tribunal de justiça pedindo providências nesses pleitos.
A advogada Liliane Costa pediu união dos advogados com a OAB Petrolina em prol dessa causa. "Vocês acham razoável mendigar para fazer um alvará durante um mês, dois meses?. O que a gente tem que discutir na sociedade é que serviço público a gente quer. Se a gente não se mobiliza para exigir que o fórum tenha a mesma prestação jurisdicional das outras justiças, saber porque a diferença. E porque essa diferença? E porque a distinção entre as justiças? ", questionou.
Costa ainda inqueriu sobre os prazos dos processos e o argumento do Fórum de que a solução seria a digitalização dos mesmo, "O processo físico não anda e o eletrônico que deveria andar, também não anda! Se o processo físico não está andando porque não foi digitalizado, porque os eletrônicos não andam? Deveriam estar sanados, julgados", revelou.
O Cartaz da Cidade tentou contato com o Fórum por meio do número de telefone (87) 3866-9519 disponível na internet, porém a ligação não foi completada.
Iana Lima - Jornalista
Foto Divulgação Redes Sociais
Comente e Compartilhe!